terça-feira, 7 de setembro de 2010

-amo-te desde pequenina até velhinha, primo



- foram poucos anos de vida juntos, eu podia ser uma criança inocente, ingénua, « whatever» , mas mesmo com 5 anos de idade, eu sentia os tais sentimentos de gente 'adulta', sabia guardar tudo para um dia mais tarde recordar. Já com aquela idade eu morria de ciúmes de uma rapariga (lembras-te? (: ), queria estar sempre perto de ti a abraçar-te, ironicamente parecia que queria aproveitar todos os segundos ao teu lado, mesmo não sabendo o futuro e o futuro bem depois da tua partida explicou-me o porquê de todos aqueles ciúmes, de todos aqueles abraços constantes, de todas aquelas brincadeiras infinitas. Lembro-me de quando corríamos de mão dada pelo jardim da avó, quando brincávamos com os carrinhos, quando no verão nos sabia tão bem brincar com a água, daqueles aniversários em que a família toda se juntava e ríamos às gargalhadas, daqueles natais em que tantos presentes nos davam, mas infelizmente a idade não me deixa lembrar de tudo o que contigo eu fiz, contigo eu passei, sei que mesmo de poucas serem as memórias, recordações, eu amáva-te, eu amo-te, e amar-te-ei para sempre, porque eu quando olho o céu, olho porque sei que estás a olhar por mim, olho porque sei que onde quer que estejas um dia eu vou ter contigo, abraçar-te de novo, sem ciúmes, sem carências, porque nunca mais nada nos vai separar e porque simplesmente o teu sangue corre no meu sangue, e o meu corria no teu . Naquela altura, com cinco anos nada me permitiria chorar, porque não tinha noção das coisas, mas agora sempre que me lembro que não estás connosco, choro, choro por pensar que podias estar aqui, choro porque não aproveitei o que devia de aproveitar enquanto cá estavas.

-amo-te desde pequenina até velhinha, primoo



- mafaldamoura#


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